Em função dos impactos causados pelas atividades humanas, entre eles o aquecimento global, as espécies de mamíferos e pássaros de menor porte terão mais chances de escapar da extinção nos próximos 100 anos. A projeção foi realizada por pesquisadores de universidades do Canadá e do Reino Unido.
Apesar da importância para a saúde dos ecossistemas, a biodiversidade do planeta está diminuindo. Além das inúmeras espécies já extintas, várias outras se encontram comprometidas, sendo a sua extinção somente uma questão de tempo.
No Brasil, recentemente cinco espécies de pássaros passaram a ser considerados extintas ou provavelmente extintas. Três delas ocorriam na região nordeste, como o caburé-de-pernambuco. A arara-azul pequena passou a ser considerada provavelmente extinta.
Segundo o estudo, dois principais fatores estão envolvidos no processo de extinção. De um lado, pressões externas, como a perda de habitat. De outro, fatores intrínsecos a cada espécie, como, por exemplo, hábitos alimentares, ou grau de endemismo, importantes para a capacidade de adaptação às alterações ambientais.
O objetivo foi projetar o risco de extinção no futuro de mais de 15 mil mamíferos e aves terrestres, tendo em vista sua classificação na lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza - IUCN. Para tanto, os pesquisadores analisaram traços particulares de cada espécie: a massa corporal, o número de filhotes, a extensão do habitat, a alimentação e o tempo entre uma geração e outra.
Os resultados sugeriram que espécies mais especialistas, com tempo maior entre uma geração e a seguinte, e habitat mais específicos e menores são mais vulneráveis à extinção. Espécies generalistas, de tempo curto entre gerações, férteis e insectívoras mostraram maior capacidade de adaptação às alterações ambientais.
As espécies mais resilientes apresentaram massa corporal menor. Com isso, o estudo projetou que, devido ao impacto da extinção, a massa corporal média dos mamíferos irá se reduzir coletivamente em 25% nos próximos 100 anos.
Ao que tudo indica, é isso o que nos aguarda no futuro: um mundo com menos elefantes e mais ratos.
Fonte: Universidade de Southampton
Mais informações: Cooke, R. S., Eigenbrod, F., & Bates, A. E. (2019). Projected losses of global mammal and bird ecological strategies. Nature communications, 10(1), 2279.
Imagem: Unsplash/ Jonathan Plugaru
Apesar da importância para a saúde dos ecossistemas, a biodiversidade do planeta está diminuindo. Além das inúmeras espécies já extintas, várias outras se encontram comprometidas, sendo a sua extinção somente uma questão de tempo.
No Brasil, recentemente cinco espécies de pássaros passaram a ser considerados extintas ou provavelmente extintas. Três delas ocorriam na região nordeste, como o caburé-de-pernambuco. A arara-azul pequena passou a ser considerada provavelmente extinta.
Segundo o estudo, dois principais fatores estão envolvidos no processo de extinção. De um lado, pressões externas, como a perda de habitat. De outro, fatores intrínsecos a cada espécie, como, por exemplo, hábitos alimentares, ou grau de endemismo, importantes para a capacidade de adaptação às alterações ambientais.
O objetivo foi projetar o risco de extinção no futuro de mais de 15 mil mamíferos e aves terrestres, tendo em vista sua classificação na lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza - IUCN. Para tanto, os pesquisadores analisaram traços particulares de cada espécie: a massa corporal, o número de filhotes, a extensão do habitat, a alimentação e o tempo entre uma geração e outra.
Os resultados sugeriram que espécies mais especialistas, com tempo maior entre uma geração e a seguinte, e habitat mais específicos e menores são mais vulneráveis à extinção. Espécies generalistas, de tempo curto entre gerações, férteis e insectívoras mostraram maior capacidade de adaptação às alterações ambientais.
As espécies mais resilientes apresentaram massa corporal menor. Com isso, o estudo projetou que, devido ao impacto da extinção, a massa corporal média dos mamíferos irá se reduzir coletivamente em 25% nos próximos 100 anos.
Ao que tudo indica, é isso o que nos aguarda no futuro: um mundo com menos elefantes e mais ratos.
Fonte: Universidade de Southampton
Mais informações: Cooke, R. S., Eigenbrod, F., & Bates, A. E. (2019). Projected losses of global mammal and bird ecological strategies. Nature communications, 10(1), 2279.
Imagem: Unsplash/ Jonathan Plugaru
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