Os efeitos do aquecimento global parecem incluir a população de uma espécie de crustáceo. A distribuição do krill da Antártica, de nome científico Euphausia superba, contraiu-se na direção sul do Atlântico nos últimos 90 anos.
A descoberta foi realizada por estudo de um time internacional de cientistas. Eles reuniram e analisaram todos os dados de captura de krill disponíveis entre 1926 e 2016. Consideraram tanto a densidade numérica quanto a freqüência de comprimento, sexo e estágio de maturidade.
O krill ocupa um papel central na cadeia alimentar do ecossistema marinho da Antártica. O setor do sudoeste do Atlântico concentra mais de 50% de toda a população de krill presente na região polar. Constitui uma das poucas espécies da região para as quais se realizaram amostragens espacialmente extensas, abrangendo os últimos 90 anos.
A espécie pode ser sensível à temperatura e à perda de gelo marinho, servindo como indicadora da influência do aquecimento global no ecossistema antártico. De acordo com o estudo, as regiões de alta latitude experimentam as maiores taxas de aquecimento em todo o planeta.
Os dados mostraram que, nas décadas de 1920 e 1930, as maiores densidades de krill estavam concentradas na parte norte do setor sudoeste do Atlântico. A partir de 1930, a distribuição começa a se contrair em direção sul, para áreas próximas às plataformas de gelo que cercam a calota polar da Antártica.
A maior parte da contração ocorreu a partir da década de 1970. Ao longo do período avaliado, correspondeu a uma redução de 440 quilômetros em direção ao sul. Registrou-se uma dramática redução na densidade média de krill no setor norte e uma pequena queda ao sul.
Modelos climáticos projetam cenários futuros desfavoráveis, nos quais a tendência de retração do krill continuará. Mas dada a relação não linear entre as populações de espécies e o clima, ainda existem incertezas.
Somente pela continuidade do monitoramento e pela geração de dados de longo prazo, será possível compreender melhor as respostas da espécie às mudanças climáticas.
Fonte: Atkinson, Angus, et al. "Krill (Euphausia superba) distribution contracts southward during rapid regional warming." Nature Climate Change (2019): 1.
Imagem: Wikimedia/ Uwe Kils
A descoberta foi realizada por estudo de um time internacional de cientistas. Eles reuniram e analisaram todos os dados de captura de krill disponíveis entre 1926 e 2016. Consideraram tanto a densidade numérica quanto a freqüência de comprimento, sexo e estágio de maturidade.
O krill ocupa um papel central na cadeia alimentar do ecossistema marinho da Antártica. O setor do sudoeste do Atlântico concentra mais de 50% de toda a população de krill presente na região polar. Constitui uma das poucas espécies da região para as quais se realizaram amostragens espacialmente extensas, abrangendo os últimos 90 anos.
A espécie pode ser sensível à temperatura e à perda de gelo marinho, servindo como indicadora da influência do aquecimento global no ecossistema antártico. De acordo com o estudo, as regiões de alta latitude experimentam as maiores taxas de aquecimento em todo o planeta.
Os dados mostraram que, nas décadas de 1920 e 1930, as maiores densidades de krill estavam concentradas na parte norte do setor sudoeste do Atlântico. A partir de 1930, a distribuição começa a se contrair em direção sul, para áreas próximas às plataformas de gelo que cercam a calota polar da Antártica.
A maior parte da contração ocorreu a partir da década de 1970. Ao longo do período avaliado, correspondeu a uma redução de 440 quilômetros em direção ao sul. Registrou-se uma dramática redução na densidade média de krill no setor norte e uma pequena queda ao sul.
Modelos climáticos projetam cenários futuros desfavoráveis, nos quais a tendência de retração do krill continuará. Mas dada a relação não linear entre as populações de espécies e o clima, ainda existem incertezas.
Somente pela continuidade do monitoramento e pela geração de dados de longo prazo, será possível compreender melhor as respostas da espécie às mudanças climáticas.
Fonte: Atkinson, Angus, et al. "Krill (Euphausia superba) distribution contracts southward during rapid regional warming." Nature Climate Change (2019): 1.
Imagem: Wikimedia/ Uwe Kils
Comentários
Postar um comentário