Em resposta ao aquecimento global, as plantas da tundra, na região do Ártico, estão ficando mais altas, descobriu estudo realizado através de uma colaboração internacional de 130 cientistas.
A tundra abriga diversas espécies de arbustos, gramíneas e outras plantas. O ecossistema possui um papel importante no ciclo de carbono, sequestrando dióxido de carbono - CO2 - da atmosfera.
O Ártico também possui largas extensões ocupadas por solos congelados. Estima-se que eles contenham entre 30% a 50% de todo o carbono armazenado nos solos do mundo. Alterações ambientais podem interferir no ciclo de carbono, levando à liberação de parte do estoque dos solos para a atmosfera.
Segundo os cientistas, havia pouca pesquisa sobre a relação entre as características das plantas e o ambiente ártico. O estudo consistiu no primeiro levantamento de todo o bioma, buscando descrever as influências do aquecimento e das mudanças climáticas sobre as espécies da flora.
A equipe coletou milhares de dados de centenas de locais da tundra no ártico e em regiões montanhosas. Foram incluídas no estudo áreas do Alasca, do Canadá, da Islândia, da Escandinávia, da Rússia, dos Alpes europeus e das montanhas rochosas dos Estados Unidos.
Entre as características analisadas estavam a altura das plantas, a área foliar, e aspectos específicos das folhas, como, por exemplo, o teor de nitrogênio foliar, ou o teor de matéria seca da folha. Os cientistas também reuniram informações a respeito da temperatura e da umidade do solo.
Identificou-se que as rápidas alterações no clima do Ártico e montanhosas está levando a mudanças na estrutura e composição das comunidades vegetais. Mas a única característica que sofreu mudança, sendo registrada em quase todo o bioma, foi o aumento da altura das plantas.
Além da temperatura, o fator por trás das mudanças na flora foi a umidade do solo.
Ao longo de todo o Ártico, as plantas passaram a crescer mais em estatura. Na parte sul da região, a tundra está sendo colonizada por espécies de plantas mais altas, como os arbustos. Se a taxa de crescimento da altura média das plantas continuar no mesmo ritmo, a altura da comunidade de plantas da tundra poderá subir entre 20% e 60% até 2100.
Essa variação pode ter consequências para o ecossistema ártico. Os cientistas sugeriram que o aumento da altura das plantas teria o potencial de influenciar os solos congelados, intensificando o processo de derretimento. Dessa forma, a mudança na flora facilitaria a emissão de gases de efeito estufa pelos solos.
De acordo com os cientistas, a maioria dos modelos utilizados se concentra nos efeitos da temperatura sobre a flora da tundra. No entanto, a umidade do solo também exerce uma forte influência. É preciso entender melhor como o ecossistema responderá às novas condições ambientais.
Fonte: Universidade de Edimburgo
Imagem: Unsplash/ Chris Ried
A tundra abriga diversas espécies de arbustos, gramíneas e outras plantas. O ecossistema possui um papel importante no ciclo de carbono, sequestrando dióxido de carbono - CO2 - da atmosfera.
O Ártico também possui largas extensões ocupadas por solos congelados. Estima-se que eles contenham entre 30% a 50% de todo o carbono armazenado nos solos do mundo. Alterações ambientais podem interferir no ciclo de carbono, levando à liberação de parte do estoque dos solos para a atmosfera.
Segundo os cientistas, havia pouca pesquisa sobre a relação entre as características das plantas e o ambiente ártico. O estudo consistiu no primeiro levantamento de todo o bioma, buscando descrever as influências do aquecimento e das mudanças climáticas sobre as espécies da flora.
A equipe coletou milhares de dados de centenas de locais da tundra no ártico e em regiões montanhosas. Foram incluídas no estudo áreas do Alasca, do Canadá, da Islândia, da Escandinávia, da Rússia, dos Alpes europeus e das montanhas rochosas dos Estados Unidos.
Entre as características analisadas estavam a altura das plantas, a área foliar, e aspectos específicos das folhas, como, por exemplo, o teor de nitrogênio foliar, ou o teor de matéria seca da folha. Os cientistas também reuniram informações a respeito da temperatura e da umidade do solo.
Identificou-se que as rápidas alterações no clima do Ártico e montanhosas está levando a mudanças na estrutura e composição das comunidades vegetais. Mas a única característica que sofreu mudança, sendo registrada em quase todo o bioma, foi o aumento da altura das plantas.
Além da temperatura, o fator por trás das mudanças na flora foi a umidade do solo.
Ao longo de todo o Ártico, as plantas passaram a crescer mais em estatura. Na parte sul da região, a tundra está sendo colonizada por espécies de plantas mais altas, como os arbustos. Se a taxa de crescimento da altura média das plantas continuar no mesmo ritmo, a altura da comunidade de plantas da tundra poderá subir entre 20% e 60% até 2100.
Essa variação pode ter consequências para o ecossistema ártico. Os cientistas sugeriram que o aumento da altura das plantas teria o potencial de influenciar os solos congelados, intensificando o processo de derretimento. Dessa forma, a mudança na flora facilitaria a emissão de gases de efeito estufa pelos solos.
De acordo com os cientistas, a maioria dos modelos utilizados se concentra nos efeitos da temperatura sobre a flora da tundra. No entanto, a umidade do solo também exerce uma forte influência. É preciso entender melhor como o ecossistema responderá às novas condições ambientais.
Fonte: Universidade de Edimburgo
Imagem: Unsplash/ Chris Ried
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