Algumas das cidades costeiras do mundo são mais vulneráveis ao aumento do nível médio do mar porque estão afundando, apontou relatório da Organização Não Governamental - ONG - Ajuda Cristã. Uma das consequências do aquecimento global, o aumento do nível do mar pode colocar em risco a vida das pessoas nessas cidades.
Segundo o relatório, o nível do mar deverá subir em pelo menos 40 cm até 2100 em um cenário de aquecimento de 1,5ºC. O aumento poderá ultrapassar 50cm caso o aquecimento não se limite a 2ºC. Mas para alguns dos centros urbanos costeiros, outro fator as torna mais vulneráveis à elevação das águas. O terreno onde se encontram está afundando.
Os potenciais impactos ganham importância se considerada a projeção do crescimento populacional dos centros urbanos no futuro próximo. Espera-se que em 2030 mais de 59% da população mundial viva em áreas urbanas, e muitas delas ficam na zona costeira. A Ásia abrigará a maior população urbana do planeta, sendo que cerca 54% das pessoas estarão em zonas costeiras baixas.
Para a ONG, é preciso realizar ações coletivas, colaborativas e sem precedentes, a fim de reduzir em curto prazo as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aquecimento a no máximo 1,5ºC. Implicará zerar as emissões líquidas até 2050.
E ainda que se limite o aquecimento, os países deverão realizar grandes investimentos em adaptação e diminuição do risco de inundação de zonas costeiras. A ONG alerta que linhas de financiamento são urgentes para viabilizar os investimento por parte de países mais pobres e para as comunidades mais vulneráveis.
Entre as cidades costeiras mais vulneráveis, o relatório apresentou 8 delas que atualmente já sofrem com o afundamento do terreno. Entre os fatores por trás da subsidência, incluem-se a extração não sustentável de águas subterrâneas, o mal planejamento urbano, ou a mudança no aporte de sedimentos do delta dos rios. O aumento do nível do mar irá acentuar os problemas enfrentados atualmente.
São elas:
O relatório concluiu que, em todas as cidades, o planejamento urbano não considerou adequadamente o crescimento populacional ou a capacidade de suporte da terra. Os problemas atuais serão agravados pelo aumento do nível médio do mar. As cidades devem agir para proteger os seus habitantes.
Mais informações: Sinking Cities, Rising Seas: A perfect storm of climate change and bad development choices
Imagem: Pixabay - vista de Jacarta
Segundo o relatório, o nível do mar deverá subir em pelo menos 40 cm até 2100 em um cenário de aquecimento de 1,5ºC. O aumento poderá ultrapassar 50cm caso o aquecimento não se limite a 2ºC. Mas para alguns dos centros urbanos costeiros, outro fator as torna mais vulneráveis à elevação das águas. O terreno onde se encontram está afundando.
Os potenciais impactos ganham importância se considerada a projeção do crescimento populacional dos centros urbanos no futuro próximo. Espera-se que em 2030 mais de 59% da população mundial viva em áreas urbanas, e muitas delas ficam na zona costeira. A Ásia abrigará a maior população urbana do planeta, sendo que cerca 54% das pessoas estarão em zonas costeiras baixas.
Para a ONG, é preciso realizar ações coletivas, colaborativas e sem precedentes, a fim de reduzir em curto prazo as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aquecimento a no máximo 1,5ºC. Implicará zerar as emissões líquidas até 2050.
E ainda que se limite o aquecimento, os países deverão realizar grandes investimentos em adaptação e diminuição do risco de inundação de zonas costeiras. A ONG alerta que linhas de financiamento são urgentes para viabilizar os investimento por parte de países mais pobres e para as comunidades mais vulneráveis.
Entre as cidades costeiras mais vulneráveis, o relatório apresentou 8 delas que atualmente já sofrem com o afundamento do terreno. Entre os fatores por trás da subsidência, incluem-se a extração não sustentável de águas subterrâneas, o mal planejamento urbano, ou a mudança no aporte de sedimentos do delta dos rios. O aumento do nível do mar irá acentuar os problemas enfrentados atualmente.
São elas:
- Jacarta: a capital da Indonésia é o lar de mais de 18 milhões de pessoas. Ela é a cidade que afunda mais rapidamente no mundo todo, a uma taxa de aproximadamente 25,4 cm por ano. Alguns bairros da cidade afundaram em anos recentes mais de 4 m por ano, e por volta de 40% da cidade agora fica abaixo do nível do mar;
- Bancoque: a capital da Tailândia possui uma elevação média de cerca de 1,5 m acima do nível do mar. O terreno da cidade está atualmente afundando a uma taxa de cerca de 2 cm por ano;
- Lagos: localizada na Nigéria, a segunda maior cidade da África também sofre com subsidência do terreno. Estima-se que um aumento de 20 cm no nível do mar poderia levar mais de 700 mil pessoas a perderem suas residências;
- Manila: a capital das Filipinas afunda 10 cm por ano. A elevação média da cidade, que possui quase 13 milhões de habitantes, é de 5 metros acima do nível do mar. É uma questão de tempo para os problemas se agravarem;
- Dhaka: com quase 18 milhões de habitantes, a capital de Bangladesh afunda aproximadamente 1,4 cm por ano. É possível que o aumento do nível do mar já esteja provocando impactos na cidade. Os moradores de aldeias nos pontos mais baixos próximos ao mar estão migrando para locais mais altos da cidade. Com isso, a população das favelas cresceu recentemente mais de 1,5 milhão de pessoas;
- Xangai: a maior cidade metropolitana da China, Xangai tem mais de 24 milhões de habitantes. Desde 1921, o centro do distrito comercial da cidade afundou 2,6 metros. Uma estimativa apontou perdas de aproximadamente U$ 2 bilhões entre 2001 e 2010 devido à subsidência;
- Londres: por resquícios da última era do gelo, a capital do Reino Unido atravessa o fenômeno de ajuste isostático. Com isso, a região onde a cidade se localiza está afundando. A cidade conta hoje com um sistema de barreiras destinadas a controlar as enchentes do rio Tâmisa, mas sua eficiência poderá ser reduzida por caus do aumento do nível do mar;
- Houston: uma das cidades mais populosas dos Estados Unidos perdeu uma área por causa da subsidência. Depois da passagem de um furacão em 1983, o bairro residencial da península de Brownwood ficou inabitável. Outros trechos passaram a experimentar problemas de enchentes.
O relatório concluiu que, em todas as cidades, o planejamento urbano não considerou adequadamente o crescimento populacional ou a capacidade de suporte da terra. Os problemas atuais serão agravados pelo aumento do nível médio do mar. As cidades devem agir para proteger os seus habitantes.
Mais informações: Sinking Cities, Rising Seas: A perfect storm of climate change and bad development choices
Imagem: Pixabay - vista de Jacarta
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