A lua pode influenciar na ocorrência do El Niño, sugeriu estudo de um cientista japonês. A relação estaria associada à maré máxima diurna provocada pela lua por meio de seu ciclo de 18,6 anos de duração.
O El Niño constitui uma das fases da Oscilação Sul El Niño - OSEN. Ele é caracterizado por uma elevação acima do normal das temperaturas na superfície do mar do Pacífico. A outra fase da OSEN, chamada de La Niña, apresenta uma tendência contrária, de temperaturas mais baixas do que o normal.
O fenômendo da OSEN influência o sistema climático, interferindo nas condições meteorológicas ao redor do planeta. Em função disso, diversas pesquisas buscam compreender melhor o fenômeno, da modo a produzir subsídios para a previsão da ocorrência do El Niño ou da La Niña.
De acordo com o estudo, uma possível fonte de influência seria o ciclo de 18,6 anos das marés lunares. O ciclo havia sido relacionado anteriormente com uma oscilação climática do Oceano Pacífico. Ele poderia também estar associado à frequência das fases da OSEN.
O ciclo de 18,6 anos se deve à um oscilação da órbita da lua ao redor da Terra. A oscilação tem consequências sobre as amplitudes das marés.
A fim de explorar uma possível influência do ciclo lunar sobre a OSEN, o cientista utilizou duas séries de dados. A primeira consistiu em informações observacionais abrangendo o período entre 1867 e 2015. A segunda se baseou em registros paleoclimáticos de anéis de árvores dos anos entre 1706 e 1866.
O estudo detectou uma relação estatisticamente relevante entre as fases da OSEN e o ciclo lunar ao longo do período analisado. Verificou-se que o El Niño tendia a ocorrer no primeiro (1º), décimo (10º) e décimo terceiro (13º) anos após a máxima maré diurna do ciclo lunar de 18,6 anos.
Por sua vez, a La Niña tendeu a ocorrer no terceiro (3º), décimo segundo (12º) e décimo sexto (16º) anos.
Apesar de não incluídos no estudo, os dois últimos eventos de El Niño, entre 1997 e 1998 e entre 2015 e 2016, aconteceram em conformidade com as tendências ligadas ao ciclo da lua. O mesmo se deu com a La Niña de 2017 e 2018.
A descoberta pode contribuir na melhoria da previsão das fases da OSEN. Para tanto, o cientista ressaltou que os mecanismos físicos por trás da relação entre a frequência de El Niños e La Niñas precisam ser compreendidos.
Mais informações: Yasuda, I. (2018). Impact of the astronomical lunar 18.6-yr tidal cycle on El-Niño and Southern Oscillation. Scientific reports, 8(1), 15206.
Imagem: Unsplash/ Marcus Dall Col
O El Niño constitui uma das fases da Oscilação Sul El Niño - OSEN. Ele é caracterizado por uma elevação acima do normal das temperaturas na superfície do mar do Pacífico. A outra fase da OSEN, chamada de La Niña, apresenta uma tendência contrária, de temperaturas mais baixas do que o normal.
O fenômendo da OSEN influência o sistema climático, interferindo nas condições meteorológicas ao redor do planeta. Em função disso, diversas pesquisas buscam compreender melhor o fenômeno, da modo a produzir subsídios para a previsão da ocorrência do El Niño ou da La Niña.
De acordo com o estudo, uma possível fonte de influência seria o ciclo de 18,6 anos das marés lunares. O ciclo havia sido relacionado anteriormente com uma oscilação climática do Oceano Pacífico. Ele poderia também estar associado à frequência das fases da OSEN.
O ciclo de 18,6 anos se deve à um oscilação da órbita da lua ao redor da Terra. A oscilação tem consequências sobre as amplitudes das marés.
A fim de explorar uma possível influência do ciclo lunar sobre a OSEN, o cientista utilizou duas séries de dados. A primeira consistiu em informações observacionais abrangendo o período entre 1867 e 2015. A segunda se baseou em registros paleoclimáticos de anéis de árvores dos anos entre 1706 e 1866.
O estudo detectou uma relação estatisticamente relevante entre as fases da OSEN e o ciclo lunar ao longo do período analisado. Verificou-se que o El Niño tendia a ocorrer no primeiro (1º), décimo (10º) e décimo terceiro (13º) anos após a máxima maré diurna do ciclo lunar de 18,6 anos.
Por sua vez, a La Niña tendeu a ocorrer no terceiro (3º), décimo segundo (12º) e décimo sexto (16º) anos.
Apesar de não incluídos no estudo, os dois últimos eventos de El Niño, entre 1997 e 1998 e entre 2015 e 2016, aconteceram em conformidade com as tendências ligadas ao ciclo da lua. O mesmo se deu com a La Niña de 2017 e 2018.
A descoberta pode contribuir na melhoria da previsão das fases da OSEN. Para tanto, o cientista ressaltou que os mecanismos físicos por trás da relação entre a frequência de El Niños e La Niñas precisam ser compreendidos.
Mais informações: Yasuda, I. (2018). Impact of the astronomical lunar 18.6-yr tidal cycle on El-Niño and Southern Oscillation. Scientific reports, 8(1), 15206.
Imagem: Unsplash/ Marcus Dall Col


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