Erupções em larga escala de vulcões foram responsáveis por momentâneas mas significativas alterações meteorológicas globais no passado, identificou estudo de um grupo de cientistas de universidades da Coréia do Sul e dos Estados Unidos.
A atividade vulcânica interfere no sistema climático e na troca de energia entre a Terra e o espaço. Eles podem levar a mudanças de curto, como no caso de erupções singulares de vulcões, ou de longo prazo, capazes de alterar de forma acentuada a estrutura do sistema climático e seus componentes.
A influência se deve ao material emitido pela atividade vulcânica. Ele é composto por partículas de enxofre, que uma vez suspensas na atmosfera aumentam a fração de radiação solar refletida de volta ao espaço. Com isso, a quantidade de energia absorvida diminui, causando um breve episódio de resfriamento do planeta.
Também são emitidos gases de efeito estufa. No passado geológico terrestre, atribuem-se mudanças no sistema climático às atividades vulcânicas de larga escala e duração de milênios.
O estudo investigou o primeiro tipo de influência de três erupções vulcânicas de grande magnitude ocorridas nos últimos mil anos. A mais antiga foi do vulcão Eldgjá, na Islândia, que explodiu no ano 934. O vulcão Kuwae, localizado na ilha de Vanuatu, ao largo da costa oriental da Austrália, entrou em atividade em 1452. A última erupção avaliada foi a do vulcão Laki, também da Islândia, de 1783.
Amostras de sedimentos de oito sítios arqueológicos no Caribe, nos Estados Unidos e na Guatemala foram analisadas em laboratório. Os cientistas buscaram identificar a presença de platina, um tipo de metal gerado durante as erupções e presente na forma de finas partículas nas cinzas dos vulcões.
A idade dos sedimentos foi detectada por meio do método de datação por radiocarbono. Dessa forma, pode-se associar os sedimentos dos sítios arqueológicos a cada uma das erupções. Segundo os cientistas, as partículas de platina serviram como um indicador da distância percorrida pelas cinzas vulcânicas.
Verificou-se uma ligação entre mudanças nas condições climáticas globais, fora dos ciclos regulares, e os eventos vulcânicos. O estudo indicou, por exemplo, que a erupção do vulcão Eldgjá teria emitido para a atmosfera material suficiente para refletir a luz do sol e reduzir significativamente a temperatura média global por alguns anos.
As erupções em larga escala são eventos imprevisíveis e pouco comuns. Quando a próxima acontecer, o mundo todo vai sentir a sua influência.
Fonte: Universidade de Cincinnati
Mais informações: Tankersley, Kenneth Barnett, et al. "Positive Platinum anomalies at three late Holocene high magnitude volcanic events in Western Hemisphere sediments." Scientific reports8.1 (2018): 11298.
Imagem: Unsplash/ Marc Szeglat
A atividade vulcânica interfere no sistema climático e na troca de energia entre a Terra e o espaço. Eles podem levar a mudanças de curto, como no caso de erupções singulares de vulcões, ou de longo prazo, capazes de alterar de forma acentuada a estrutura do sistema climático e seus componentes.
A influência se deve ao material emitido pela atividade vulcânica. Ele é composto por partículas de enxofre, que uma vez suspensas na atmosfera aumentam a fração de radiação solar refletida de volta ao espaço. Com isso, a quantidade de energia absorvida diminui, causando um breve episódio de resfriamento do planeta.
Também são emitidos gases de efeito estufa. No passado geológico terrestre, atribuem-se mudanças no sistema climático às atividades vulcânicas de larga escala e duração de milênios.
O estudo investigou o primeiro tipo de influência de três erupções vulcânicas de grande magnitude ocorridas nos últimos mil anos. A mais antiga foi do vulcão Eldgjá, na Islândia, que explodiu no ano 934. O vulcão Kuwae, localizado na ilha de Vanuatu, ao largo da costa oriental da Austrália, entrou em atividade em 1452. A última erupção avaliada foi a do vulcão Laki, também da Islândia, de 1783.
Amostras de sedimentos de oito sítios arqueológicos no Caribe, nos Estados Unidos e na Guatemala foram analisadas em laboratório. Os cientistas buscaram identificar a presença de platina, um tipo de metal gerado durante as erupções e presente na forma de finas partículas nas cinzas dos vulcões.
A idade dos sedimentos foi detectada por meio do método de datação por radiocarbono. Dessa forma, pode-se associar os sedimentos dos sítios arqueológicos a cada uma das erupções. Segundo os cientistas, as partículas de platina serviram como um indicador da distância percorrida pelas cinzas vulcânicas.
Verificou-se uma ligação entre mudanças nas condições climáticas globais, fora dos ciclos regulares, e os eventos vulcânicos. O estudo indicou, por exemplo, que a erupção do vulcão Eldgjá teria emitido para a atmosfera material suficiente para refletir a luz do sol e reduzir significativamente a temperatura média global por alguns anos.
As erupções em larga escala são eventos imprevisíveis e pouco comuns. Quando a próxima acontecer, o mundo todo vai sentir a sua influência.
Fonte: Universidade de Cincinnati
Mais informações: Tankersley, Kenneth Barnett, et al. "Positive Platinum anomalies at three late Holocene high magnitude volcanic events in Western Hemisphere sediments." Scientific reports8.1 (2018): 11298.
Imagem: Unsplash/ Marc Szeglat
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