Ambiente do Alasca muda com o aquecimento


O ecossistema do estado do Alasca, nos Estados Unidos, atravessou significativas alterações nas últimas três décadas sob a influência do aquecimento global. A foto acima mostra a Floresta Nacional de Chugach.

Estudo de um time de pesquisadores do país mostrou que cerca do 13% da área do Alasca mudou. As transformações incluíram, entre outros, a redução de geleiras, expansão de vegetação arbustiva, aumento de incêndios florestais e erosão, e poluição.

Os pesquisadores analisaram fotografias aéreas, imagens de satélite e dados meteorológicos. A partir desse conjunto de informações, identificaram a influência das alterações climáticas e de distúrbios introduzidos por atividades humanas.

Foi observado que os ecossistemas boreal e do Ártico passaram por mudanças sem precedentes nos últimos 32 anos. Por exemplo, o aumento da temperatura do ar estimulou diretamente o crescimento de vegetação. E ao provocar o recuo das geleiras, estimulou também indiretamente o crescimento da vegetação, que colonizou as áreas antes ocupadas pelo gelo.

Mas a resposta do ecossistema às alterações climáticas ocorreu de uma foram complexa e não linear. O aquecimento elevou as taxas de evaporação, prejudicando a produtividade das plantas e facilitando a formação de secas. Com isso, cresceu o risco de doenças e de incêndios, com implicações para a mortalidade da vegetação arbustiva, para a migração de animais e a caça.

Em regiões de solos congelados, junto com o aumento da temperatura, o estudo detectou maior quantidade de água na superfície. As mudanças causaram o derretimento dos solos, com a possibilidade de subsidência da terra ou até de colapso do terreno. As transformações no solo podem afetar estradas e outros tipos de infraestruturas.

Os cientistas notaram que os incêndios foram particularmente importantes para a transformação dos ecossistemas.

A mudança registrada no Alasca provavelmente se dá em outras regiões de altas latitudes do hemisfério norte. Pesquisar essas mudanças é fundamental na avaliação da vulnerabilidade dos ecossistemas às mudanças climáticas.

Fonte: USGS
Imagem: Pixabay

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