O mapa acima representa a influência das nuvens no balanço energético da Terra. O balanço é calculado a partir da quantidade de energia absorvida na forma de radiação solar e da quantidade de energia emitida para o espaço como radiação infravermelha.
O monitoramento do balanço energético do planeta teve início em 1959, com o lançamento pela NASA, a agência espacial dos Estados Unidos, do satélite Explorer 7. Atualmente, através de um conjunto de satélites é possível com precisão a radiação solar que chega ao planeta, a fração que é refletida de volta ao espaço, e a radiação infravermelha emitida pela Terra.
Os dados registrados pelos satélites permitem estimar a quantidade de energia absorvida e emitida durante céu limpo. A partir daí, é possível calcular o impacto da presença das nuvens na troca de energia entre o planeta e o espaço.
As análises indicam que a cobertura de nuvens altera significativamente o albedo da Terra - a fração de radiação solar refletida de volta ao espaço. Por causa delas, o albedo médio do planeta dobra, passando de 0,15 para 0,3. Dessa forma, cerca de 30% da luz solar é refletida de volta ao espaço, deixando de ser absorvida.
Além de interferir no albedo, as nuvens também diminuem a quantidade de radiação infravermelha emitida pela Terra.
O mapa apresenta a influência das nuvens sobre o balanço energético da Terra, abrangendo dados de satélite obtidos entre 1985 e 1986. Valores positivos, ressaltados pela cor azul, trazem as áreas na qual a quantidade de energia infravermelha retida é maior do que a quantidade de radiação solar refletida para o espaço. Nessa regiões, as nuvens contribuem para o efeito estufa
Representados pelas cores verde, amarela, laranja, vermelha e lilás, valores negativos correspondem a áreas na qual a quantidade luz solar refletida de volta ao espaço é maior do que a radiação infravermelha retida. Nessas regiões, as nuvens resfriam o planeta, ao impedir uma maior absorção de energia do sol.
Portanto, as nuvens possuem um papel complexo no sistema climático. Contribuem tanto para o efeito estufa quanto para o resfriamento por meio do maior albedo.
Fonte e mapa: Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos
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