O planejamento da adaptação da biodiversidade e do manejo florestal às mudanças climáticas deve levar em consideração o microclima, afirma estudo de pesquisadores suecos, franceses e finlandeses. Em uma mesma região ou ecossistema, a presença de microclimas mais frios pode contribuir para a sobrevivência de espécies às alterações causadas pelo aquecimento global.
O microclima é o clima de um lugar específico, produzido sob a influência da topografia local e da vegetação. Pode apresentar temperaturas mais frias ou mais quentes do que a atmosfera livre. Os pesquisadores avaliaram a importância do microclima para as espécies de plantas e animais de uma floresta, considerando os possíveis impactos das mudanças climáticas.
O estudo foi realizado em uma floresta boreal na região central da Suécia, ocupando cerca de 16.000 km2. Um conjunto de equipamentos de monitoramento foram instalados na região, próximos ao solo. Ao longo de um ano, os equipamentos produziram séries de dados da temperatura.
A partir das séries de dados, os pesquisadores produziram mapas do microclima da floresta para diferentes meses do ano e para temperaturas mínimas e máximas. No verão, foram detectadas diferenças de temperatura máxima de até 10°C entre áreas da floresta menos de 100 metros de distância uma da outra.
Mais do que a topografia, a densidade da cobertura florestal consistiu no principal fator para o aparecimento de microclimas locais, especialmente quanto à temperatura. Segundos os pesquisadores, a diferença de temperatura entre locais de cobertura florestal mais ou menos densos foi maior do que a diferença registrada, por exemplo, entre o lado ensolarado e o lado sombrio de uma montanha.
Identificar os microclimas de uma determinada região, e seus principais fatores de influência, constitui uma etapa fundamental para a adaptação das florestas ou do manejo florestal às mudanças climáticas. Ao promoverem refúgios por meio de temperaturas menores, os microclimas podem auxiliar as espécies a se adaptarem ao aquecimento, reduzindo perdas de biodiversidade.
Nesse sentido, os pesquisadores alertaram que a gestão das florestas pode cumprir papel central na diminuição dos impactos do aquecimento global sobre as florestas. Mas é fundamental incorporar os microclimas nas estratégias de adaptação. Entre elas, inclui-se a conservação e integração de zonas de microclimas mais frios, ou a redução do nível de fragmentação da cobertura vegetal.
Fonte: Universidade de Stockholm
Mais informações: Monthly microclimate models in a managed boreal forest landscape
Imagem: adaptado do graphical abstract do artigo
O microclima é o clima de um lugar específico, produzido sob a influência da topografia local e da vegetação. Pode apresentar temperaturas mais frias ou mais quentes do que a atmosfera livre. Os pesquisadores avaliaram a importância do microclima para as espécies de plantas e animais de uma floresta, considerando os possíveis impactos das mudanças climáticas.
O estudo foi realizado em uma floresta boreal na região central da Suécia, ocupando cerca de 16.000 km2. Um conjunto de equipamentos de monitoramento foram instalados na região, próximos ao solo. Ao longo de um ano, os equipamentos produziram séries de dados da temperatura.
A partir das séries de dados, os pesquisadores produziram mapas do microclima da floresta para diferentes meses do ano e para temperaturas mínimas e máximas. No verão, foram detectadas diferenças de temperatura máxima de até 10°C entre áreas da floresta menos de 100 metros de distância uma da outra.
Mais do que a topografia, a densidade da cobertura florestal consistiu no principal fator para o aparecimento de microclimas locais, especialmente quanto à temperatura. Segundos os pesquisadores, a diferença de temperatura entre locais de cobertura florestal mais ou menos densos foi maior do que a diferença registrada, por exemplo, entre o lado ensolarado e o lado sombrio de uma montanha.
Identificar os microclimas de uma determinada região, e seus principais fatores de influência, constitui uma etapa fundamental para a adaptação das florestas ou do manejo florestal às mudanças climáticas. Ao promoverem refúgios por meio de temperaturas menores, os microclimas podem auxiliar as espécies a se adaptarem ao aquecimento, reduzindo perdas de biodiversidade.
Nesse sentido, os pesquisadores alertaram que a gestão das florestas pode cumprir papel central na diminuição dos impactos do aquecimento global sobre as florestas. Mas é fundamental incorporar os microclimas nas estratégias de adaptação. Entre elas, inclui-se a conservação e integração de zonas de microclimas mais frios, ou a redução do nível de fragmentação da cobertura vegetal.
Fonte: Universidade de Stockholm
Mais informações: Monthly microclimate models in a managed boreal forest landscape
Imagem: adaptado do graphical abstract do artigo
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